Código de Honra: exemplos para criar o seu – Parte 2

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Códigos de honra ou códigos de conduta representam uma maneira moral que se espera quando você ou alguma pessoa pertencem a um determinado grupo ou instituição. O Código de Honra é uma maneira eficiente de manter a motivação, controle e proteção do seu eu interior. Segundo Lauren Gartland, fundadora da Inspiring Campeões, “um código de honra é um acordo por escrito que poderosamente declara o que você representa como uma equipe e coloca em prática acordos mútuos que prometem respeitar, honrar e valorizar em todos os momentos. Se alguém quebra o código, ele impacta a todos, por isso você tem um acordo por escrito para que possa se basear”.

Para criar o código de honra, Gartland sugere a identificação de 4 a 5 valores mais importantes que você ou a sua equipe valorizam. Os exemplos incluem: Confiança, Amor, Comunicação, Honestidade, Servir, Excelência, Integridade, Alegria… Depois de estabelecer os seus valores fundamentais, crie uma declaração por escrito para cada um, descrevendo o que você vai cumprir como pessoa ou como um time referente a este valor específico.

Por exemplo, uma declaração escrita para Comunicação poderia ser: “Estou alinhado para criar e manter um ambiente seguro para que todos possam ser vistos, ouvidos e compreendidos. Prometo ouvir atentamente às outras pessoas antes da minha vez de falar. Se tiver que resolver algum problema com outra pessoa, farei isso diretamente com ela, agindo com amor, respeito e compaixão”. Complementa Gartland.

Ainda, segundo Gartland, em um ambiente de negócios, se um membro do time quebra o código continuamente, sem honrar o acordo estabelecido, ele deve ser desligado.

Se você ainda não leu a parte 1 (Código de Honra: por que você precisa criar um agora), confere aqui.

Para te ajudar na montagem do teu próprio Código de Honra, escolhi alguns exemplos para inspiração.

O Código de Honra da Cientologia

L. Ron Hubbard, fundador da Igreja da Cientologia, escreveu e publicou este Código de Honra em 1954, juntamente com a seguinte introdução:

“Ninguém espera que o Código de Honra seja seguido de perto e à risca.”

“Um código ético não pode ser imposto. Qualquer tentativa de impor o Código de Honra levá-lo-ia para o nível de um código moral. Não pode ser imposto simplesmente porque este é um modo de vida que só pode existir como modo de vida, se não for imposto. Qualquer outro uso, que não seja o uso autodeterminado do Código de Honra, produziria uma deterioração considerável na pessoa. Deste modo, o seu uso é um luxo e é feito apenas por uma ação autodeterminada, desde que se concorde inteiramente com o Código de Honra.”

  • Nunca abandone um companheiro em necessidade, em perigo ou dificuldades.
  • Nunca retire a sua fidelidade uma vez concedida.
  • Nunca abandone um grupo a quem deve o seu apoio.
  • Nunca se menospreze ou minimize a sua força ou o seu poder.
  • Nunca necessite de elogios, aprovação ou compaixão.
  • Nunca comprometa a sua própria realidade.
  • Nunca permita que a sua afinidade seja adulterada.
  • Não dê nem receba comunicação, a não ser que você mesmo a deseje.
  • O seu autodeterminismo e a sua honra são mais importantes do que a sua vida atual.
  • A sua integridade para consigo próprio é mais importante do que o seu corpo.
  • Nunca lamente o dia de ontem. A vida está em si hoje e você faz o seu amanhã.
  • Nunca tenha receio de magoar outra pessoa por uma causa justa.
  • Não deseje ser apreciado ou admirado.
  • Seja o seu próprio conselheiro, faça seus entes de razão e selecione as suas próprias decisões.
  • Seja fiel aos seus próprios objectivos.

Bushido

Bushido é o código de honra dos antigos samurais do Japão Feudal. Muitos livros foram escritos a seu respeito, podendo citar os famosos Hagakure e o Livro dos Cinco Anéis (Go Rin No Sho). Estes livros ditam as normas de como um samurai deve viver e de como ele deve morrer para conservar e ampliar sua honra. De acordo com uma das versões do código, um samurai deve possuir as sete virtudes:

  • Gi (honestidade e justiça): Um samurai lida honesta e abertamente e tende para os ideais de justiça. Decisões morais não são acompanhadas de nuances de cinzas, existindo apenas o certo e o errado.
  • Yu (coragem heróica): Um samurai nunca teme sua morte, vivendo uma vida de forma completa e maravilhosa. Respeito e cuidado, disciplinas da alma racional, assumem o lugar do meto, que pertence à alma animal.
  • Jin (compaixão): Um samurai aproveita todas as oportunidades que tem para ajudar os outros, e quando estas oportunidades não surgem ele as cria. Um indivíduo poderoso como um samurai tem a responsabilidade de garantir que este poder seja usado em benefício de outros.
  • Rei (cortesia educada): Um samurai não tem motivos para ser cruel, e nem para demonstrar sua força. A cortesia distingue o samurai do cachorro e revela sua força verdadeira.
  • Meyo (honra): A consciência do samurai é o juiz de sua honra. As decisões que ele toma e a maneira que ele suporta suas conseqüências são um reflexo de sua verdadeira natureza.
  • Makoto (sinceridade completa): Quando um samurai afirma que irá fazer aquilo que ele prometeu, assuma que a tarefa está completa. Um samurai não faz promessas; para ele, falar e agir são a mesma coisa.
  • Chugo (dever e lealdade): Um samurai sente-se responsável por suas ações e pelas conseqüências dessas ações, e é leal às pessoas que ele se importa. A lealdade de um samurai para com seu lorde é inquestionável e não pode ser questionada.

O Código dos Cavaleiros

Os cavaleiros são uma organização ampla, vagamente baseada nos cavaleiros da távola redonda. Eles representam o pensamento medieval, que figura em livros como Eurico, o presbítero ou em manuais de RPG como o Livro Completo do Guerreiro. Este é um código adequado a cavaleiros bondosos:

  • A coragem e a empreitada são ferramentas na obediência à ordem.
  • Defender o cumprimento de uma missão, até a morte.
  • Respeitar todos os nobres e iguais; para os inferiores a cortesia.
  • O combate é a glória; a batalha é o verdadeiro teste do seu valor pessoal; a guerra é suportada pelo ideal da cavalaria.
  • Prefira a morte antes da desonra.

Omerta

O “código de silêncio” da Cosa Nostra nunca foi escrito ou mesmo codificado de outras formas. Mas pode ser usado como um bom código para uma guilda de ladinos ou outra organização criminal. Uma das interpretações segue abaixo:

  • Respeite as ordens de seus superiores e faça com que sejam cumpridas.
  • Sempre procure maneiras de enriquecer a Família.
  • Não esconda ou roube dinheiro da Família.
  • Respeite os mais velhos e a sua organização.
  • Nunca deixe um débito não-pago.
  • Nunca se atrase a pagar seus débitos.
  • Nunca seja pego.
  • Se for pego, o silêncio é a seu novo e único idioma.

O Código dos Paladinos

Mais restritivo que o código da cavalaria, o código dos paladinos é um dos mais controversos da fantasia medieval. Sempre assolado por questões e interpretações morais modernas, ele se mantém como um dos códigos mais difíceis de serem seguidos.

  • Nunca cometa um ato maligno.
  • Respeite a autoridade legitimamente estabelecida.
  • Aja sempre com honra (não minta, não trapaceie, não use veneno, e assim por diante).
  • Ajude aqueles que precisam, mas nunca auxilie ações ou personagens malignos ou caóticos.
  • Puna todos os que ameaçam os inocentes.

Não se meta comigo.

Este é um código relativamente curto, inspirado nas histórias dos vikings e dos bárbaros à moda cimeriana.

  • Eu não serei enganado.
  • Eu não serei insultado.
  • Eu não me deixarei ser agredido.
  • Se eu não faço isso com os outros, exijo deles o mesmo respeito.

Universidade de Stanford

O Código de Honra da Universidade de Stanford foi escrito por estudantes de Stanford em 1921. Ele articula expectativas de estudantes e professores em estabelecer e manter os mais altos padrões de trabalho acadêmico. Cada estudante que se matricula e todos os instrutores nomeados na Universidade de Stanford estão de acordo com ele.

  • Os estudantes individualmente e coletivamente não vão dar ou receber ajuda em exames
  • Eles não vão dar ajuda ou receber ajuda ilícita em trabalho classe, na preparação de relatórios, ou em qualquer outro trabalho que vier a ser usado pelo instrutor como base para avaliação
  • A faculdade manifesta a sua confiança na honra de seus alunos abstendo-se de supervisionar exames e de tomar precauções incomuns e pouco razoáveis para impedir as formas de desonestidade mencionados acima. A faculdade também vai evitar, tanto quanto possível, procedimentos acadêmicos que criem tentação de violar o código de honra.
  • Enquanto a faculdade tem o direito e a obrigação de definir requisitos acadêmicos, os alunos e professores vão trabalhar juntos para estabelecer as condições ideais para o trabalho acadêmico honroso.
  • Penalidades pela violação do Código de Honra podem ser graves (suspensão e expulsão). Então, releia o código de honra, compreenda-o e respeite-o.

Para usar como seu código pessoal

  • Eu vou amar incondicionalmente. Significa que respeitarei as pessoas como elas são, com suas características, estilos e personalidades próprias. Isso não significa que eu tenho que apoiar essas características, qualidades, características ou crenças, mas eu irei aceitá-las como elas são.
  • Vou escolher com quem estar perto. Vou compartilhar apenas a quantidade de energia com as pessoas que eu quero manter próximas de mim.
  • Eu vou respeitar a energia dos outros. Eu não vou sugar a energia de ninguém. Se eu falhar, vou pedir perdão, assim que eu perceber minha falha.
  • Eu vou compartilhar minhas experiências, a aprendizagem, sonhos e visões com os outros, conforme for apropriado. Não vou insistir para que as pessoas concordem comigo, nem insistir para que os outros mudem para me atender.
  • Eu vou respeitar as crenças de outros. Não vou impor minhas crenças sobre os outros, mas poderei compartilhar com os outros. Eu não vou forçar alguém a quebrar seu código de honra para atender minhas necessidades, desejos, conceitos ou crenças.
  • Escolho a alegria. Quando eu não puder sentir alegria, eu ainda assim vai viver desta maneira. Vou lamentar as perdas, conforme apropriado. Vou sentir dor e vivê-la para que chegue o seu fim. Eu não vou negar o que sinto, mesmo que seja tristeza, raiva, culpa ou outras emoções negativas.
  • Vou viver plenamente. Isso significa tomar minhas decisões, fazer escolhas, responder ou não a convites, porque eu devo escolher se quero aceitar ou não, não apenas porque eu “deveria”.
  • Vou compartilhar a energia de tempo, dinheiro, recursos conforme for a minha disposição.
  • Eu vou obedecer as leis do país.
  • Vou viver em harmonia e equilíbrio com a natureza.
  • Vou procurar o divino em todas as coisas.

Fim!

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Empreendedor em série, graduado em Administração de Empresas, cursou Técnico em Processamento de Dados na UFRGS e Engenharia Elétrica na PUCRS. Atua no mercado de Datacenter/Cloud desde 1998. Fundou a WeBrasil, HostNet e Cyberweb, atualmente controladora da KingHost - provedor de hospedagem de sites com 60 mil clientes. Em 2012, criou a Giga Internet, provedor de internet wireless que atende 15 cidades no Rio Grande do Sul. Em 2016, começou o projeto Riqueza Sem Limites, com visão de exportar inspiração e conhecimento de alto nível para além das fronteiras Brasileiras. Atualmente dedica 50% do tempo para estudar assuntos ligados à neurociência, psicologia comportamental e biohacking.

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